LED, OLED, MiniLED, LCD, QLED... o que é tudo isso?
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  • Foto do escritorMauricio T. P.

LED, OLED, MiniLED, LCD, QLED... o que é tudo isso?



Essa sopa de letras do mundo das TV's pode nos atordoar e nos enganar na hora de comprar um novo aparelho. Mas não se preocupe, nós do TV4KBR estamos aqui pra te ajudar!


Por acaso, é tudo "a mesma coisa"?


Absolutamente não! Há muitas diferenças técnicas entre as diferentes tecnologias. Vamos começar pelo principal: as mais comuns no mercado hoje são as telas LED e as telas OLED. Houve um tempo em que as TVs de plasma também estavam no páreo, mas esta tecnologia, embora promissora, pecava num ponto fundamental: consumo de energia. Já LED e OLED estão em constante evolução e sempre estiveram em patamares aceitáveis de consumo energético. Mas voltando ao que interessa: qual a diferença entre LED e OLED? Afinal, o nome é muito parecido.


Quando nos referimos a uma TV LED, na verdade estamos nos referindo a uma TV com tecnologia LCD, com um backlight (luz de fundo) de LED, que também possui uma variedade enorme de modelos diferentes. Explicando: a tela LCD por si só não é capaz de emitir luz. Desta forma, é necessário uma iluminação por trás dela, que recebe o nome de backlight. A maneira que este backlight é distruibuído por trás da tela é uma das coisas que farão a diferença na imagem final de uma TV LED. Modelos mais baratos e mais comuns geralmente possuem uma iluminação estática nas bordas da TV, enquanto modelos mais sofisticados (e caros) possuem dezenas, as vezes centenas ou milhares de LEDs minúsculos que podem acender e apagar individualmente ou em conjunto, de acordo com a cena sendo mostrada na tela. Um exemplo disso é dado no vídeo a seguir:



A tecnologia OLED, por sua vez, é feita por minúsculas células capazes de se acenderem e apagarem individualmente. Somente por este motivo, a performance das TVs OLED em cenas escuras é naturalmente melhor que das TVs LED, mesmo as mais caras. Não há pontos da tela se iluminando sem necessidade, o preto é preto mesmo. Muitas vezes em TVs LED é possível notar que em cenas escuras, com legendas ou algum ponto brilhante na tela, as partes escuras ficam acinzentadas, algo que não acontece nas OLED simplesmente pela natureza de seu funcionamento. Outro ponto a favor da TV OLED é que, também devido a sua tecnologia, elas têm um ângulo de visualização maior que da maioria das TVs LED. Já notou que em alguns televisores (ou monitores), as cores ou o brilho da tela ficam "lavados" só de você sair um pouquinho do centro de visualização, ou seja, ficar de frente com a tela? Isso é algo inerente da tecnologia LCD, principalmente dos paineis do tipo VA. Como ponto negativo no OLED temos a possibilidade de retenção de imagem na tela com o tempo. Você pode até já ter visto isso: em TVs expostas, que ficam horas e horas a fio com a mesma imagem, as vezes por semanas ou meses, podem ficar com uma "sombra" permanente na tela, que nunca mais sairá de lá. OLED pode sim sofrer deste problema, mas não há dados suficientes para dizer qual porcentagem de aparelhos sofre com isso. No geral, parece ser um número pequeno e dentro do aceitável.


Voltando às telas LCD, temos como principais paineis utilizados o VA, já citado, e o IPS, que foi criado no intuito justamente de melhorar este aspecto de visualização fora de centro pobre que paineis LCD geralmente apresentam. No entanto, quando se fala de TVs, paineis IPS geralmente significam baixo contraste e má uniformidade. Sendo assim, temos paineis com prós e contras diferentes: VA - alto contraste e visualização fora de centro ruim; IPS - Baixo contraste e visualização fora de centro melhor. Vale ressaltar que sempre existem exceções - mas como via de regra, geralmente este é o resultado.


Ainda falando em LCDs, temos as agora famosas QLEDs. QLED é um termo de marketing criado pelas fabricantes para se referir às TVs de LED com um filtro de pontos quânticos (Quantum Dots, algo como micro partículas), que possibilita à tela ter uma gama maior de cores, gerando assim uma fidelidade maior nas imagens. Atualmente, a Samsung (e logo mais outras fabricantes) também usa filtros de Quantum Dots em alguns modelos de TV OLED, o que acaba melhorando ainda mais a reprodução de cores em tons mais claros e escuros nesta tecnologia, assim como fez com as TVs LCD. Tais TVs são chamadas de QD-OLED pela marca (como por exemplo a atual S90C).


Quando falamos de MiniLED, trata-se do backlight de uma TV LCD com dezenas ou centenas de LEDs comuns do backlight do painel por um backlight com milhares de mini LEDs. É uma tecnologia mais recente e muito promissora, pois com isso há uma divisão cada vez maior no acender e apagar das lâmpadas atrás do painel, deixando o contraste de uma TV LCD cada vez maior. O único contra desta tecnologia é que, ao menos por hora, causa um custo muitíssimo elevado, fazendo com que as vezes seja impensável adquirir uma TV com esta tecnologia ao invés de uma OLED.


Para finalizar, há uma tecnologia em desenvolvimento que se chama Micro LED. Neste caso, não é uma TV LCD com backlight e sim um painel inteiramente desenvolvido com Micro LEDs, que acendem e apagam individualmente, como os paineis OLED. Ainda não há modelos disponíveis comercialmente para consumidores finais, exceto paineis gigantescos para empresas (que costumam ser usados em fachadas, por exemplo). O motivo disto é que a tecnologia ainda não evoluiu o suficiente para criar LEDs pequenos o suficiente para criar telas menores e a valores acessíveis. Espera-se que a tecnologia amadureça a esse ponto em 3 a 5 anos.


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